Guerreiros de Condá – 8 anos de saudades dos guerreiros da Chapecoense

No dia 28 de novembro de 2024, completam-se oito anos de uma das maiores tragédias da história do esporte: o acidente aéreo envolvendo a Chapecoense. Naquela data, em 2016, um avião que levava a equipe para a final da Copa Sul-Americana caiu próximo à cidade de Medellín, na Colômbia, causando a morte de 71 pessoas e deixando apenas seis sobreviventes.

Laura Jacondino Schondelmeyer
Por Laura Jacondino Schondelmeyer 2 Minutos de Leitura

O episódio marcou profundamente o futebol brasileiro, a cidade de Chapecó e o mundo, que acompanhou comovido a luta das famílias e do clube para se reerguer.  

Em 2016, a Chapecoense vivia seu auge. Fundada em 1973, a equipe conquistou destaque nacional e internacional após uma ascensão meteórica. Saindo da Série D, em poucos anos o clube chegou à Série A do Campeonato Brasileiro e, pela primeira vez em sua história, a uma final continental: a decisão da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, da Colômbia.  

O sonho de conquistar o título terminou tragicamente quando o voo da companhia boliviana LaMia, que transportava o time, caiu na região montanhosa de Cerro Gordo, a apenas 17 quilômetros do aeroporto de Medellín. As investigações revelaram que o avião estava sem combustível, resultado de erros graves de planejamento e decisões irresponsáveis por parte da empresa aérea.  

Jogadores sobreviventes:

Entre os 77 passageiros, houve 6 sobreviventes, sendo 3 jogadores da Chape:

1. Alan Ruschel: Após meses de recuperação, Alan voltou aos gramados em 2017, tornando-se símbolo de superação. Ele seguiu sua carreira em outros clubes e continua sendo uma referência para a Chapecoense e para o futebol. Atualmente, joga pelo Juventude 

2. Neto: Neto precisou de várias cirurgias e enfrentou um longo período de reabilitação. Embora não tenha conseguido retornar ao futebol profissional, ele passou a atuar como palestrante, inspirando outras pessoas com sua história. 

3. Jackson Follmann: Com a amputação de parte de sua perna direita, Follmann não pôde voltar aos campos. Contudo, ele se reinventou como cantor e palestrante, tornando-se um exemplo de força e adaptação.  

Uma cidade em luto

Chapecó, cidade com pouco mais de 200 mil habitantes, sentiu o impacto da tragédia de forma avassaladora. A Chapecoense não era apenas um time de futebol, mas uma representação da identidade local, símbolo de orgulho e união, que foi ainda mais fortalecida com o acontecimento.

Com a notícia do acidente, a cidade entrou em profundo luto. Milhares de pessoas lotaram a Arena Condá para homenagear as vítimas, e o estádio se tornou palco de cerimônias emocionantes. A solidariedade veio de todos os cantos: clubes rivais ofereceram jogadores e apoio financeiro, enquanto torcedores do mundo inteiro enviaram mensagens de conforto.  

Mesmo com tantas perdas, a Chapecoense seguiu em frente. Em 2017, o clube foi declarado campeão da Copa Sul-Americana em um gesto de solidariedade do Atlético Nacional.

O acidente da Chapecoense trouxe muitas lições. As falhas operacionais da LaMia mostraram a necessidade de maior fiscalização e responsabilidade nas operações aéreas, especialmente em voos fretados. Além disso, a companhia aérea, que já vinha passando por dificuldades financeiras, encerrou suas atividades.

Ao se completarem oito anos, a tragédia da Chapecoense permanece como um marco na história do esporte e na memória de todos que acompanharam aquele momento. Para Chapecó, o acidente significou uma perda irreparável, mas também revelou a força de uma cidade que se uniu para superar a dor.  

A Chapecoense é hoje mais do que um clube de futebol: é um símbolo de resistência, superação e união. E neste 28 de novembro de 2024, todos nós recordamos com respeito e emoção o legado deixado por aqueles que, mesmo partindo, tornaram-se os eternos guerreiros de Condá.

Para sempre lembrados! 💚

Guerreiros de Condá - 8 anos de saudades dos guerreiros da Chapecoense
FOTO: AGENCIABRASIL
Colorada, futura jornalista.
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