Todos amam um anti-herói. Ele não tem filtro, fala o que pensa, vive como bem quer independente do quão controverso seja, foge totalmente do arquétipo de um jogador bonzinho que segue a risca a cartilha da boa conduta e companheirismo.
Mas por que amamos o anti-herói? A resposta é mais simples do que se imagina. Este personagem é uma representação de nós mesmos ou como gostaríamos de ser. Ele falha, exagera, tem uma personalidade normalmente excêntrica e vai falar aquilo que incomoda. Ele demonstra ser humano, tal como nós.
Grande parte dos jogadores seguem os padrões de conduta midiáticos e comerciais. Qual o problema? Também gostamos dos mocinhos. Mas é o que separa o herói do anti-herói, o segundo não procura ser perfeito ou agradar grandes marcas de patrocínio. Por este motivo os anti-heróis são uma raça em extinção no futebol. Cada vez mais os contratos são maiores e os jogadores são reféns deles. Por isso amamos tanto os anti-heróis. cada vez menos existem jogadores que nos representam e cada vez mais os que representam marcas.
Mas o anti-herói só é anti-herói se junto a suas imperfeições, existirem atos de heroísmo. Não há nada mais representativo que alguém tão controverso quanto qualquer um, conquistar o que poucos conseguem. O perfeito imperfeito. Essa é a linha tênue entre o anti-herói e o vilão: o contexto.
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