Aos mais românticos da velha escola do futebol, ver o Bangu ser campeão é um retorno aos tempos nostálgicos. Ainda que nem de longe sejam as conquistas dos distantes anos 50-80, o Bangu respira no futebol carioca. Após vencer o São Gonçalo nos dois jogos da decisão, o Alvirrubro é campeão da A2 Carioca e retorna de imediato à elite estadual.
Este título é mais importante do que parece, pois é um suspiro ao torcedor. O Bangu de longe é o clube (fora os 4 maiores) quem mais leva torcida aos estádios, representando a classe operária, a Zona Oeste e o bairro que abraça futebol, carnaval e samba.
O acesso era necessário. O Bangu foi rebaixado no começo da temporada sem vencer um jogo sequer (12 rodadas) no Cariocão. E depois de um começo ruim na A2, o Alvirrubro chegou a viver seu tempo mais baixo ao flertar com um novo rebaixamento nas primeiras rodadas.
Entretanto a reviravolta aconteceu. O Bangu mudou parte do elenco e manteve seu treinador Alfredo Sampaio (treinador responsável por levar o mesmo Bangu às semifinais do Cariocão em 2019), contrariando a ordem das demissões do futebol brasileiro. Uma sequência de vitórias fez o Alvirrubro se classificar, deixando pelo caminho outros rivais como Resende, América, Duque de Caxias e Olaria.
Após derrubar o Araruama nas semifinais e o São Gonçalo na final, o Bangu está de volta à elite do futebol carioca. Bicampeão estadual (1933 e 1966), vice-campeão brasileiro (1985) e campeão intercontinental (1960), além de ser o 1º campeão do Maracanã (torneio Início 1950), originário de onde surgiu o futebol no Brasil e pioneiro no combate ao racismo no nosso futebol , o Bangu forte é o Brasil forte.
E pode melhorar, tá? Vivo na Copa Rio, se o Bangu for campeão, poderá escolher uma vaga à série D do Brasileirão ou retornar à Copa do Brasil. A competição está na fase oitavas de final e o Alvirrubro faz duelo contra o rival regional Campo Grande.
Parabéns, Banguzão! 📝
@gabdeolv