Por dentro da polêmica Champions do Olympique de Marseille: Bastidores do continente azul

Quando pensamos em times franceses na Champions, logo nos vem na cabeça o Paris Saint-Germain, ou então, Mônaco, e até o Lyon. Mas o único clube francês campeão da competição, não é nenhum dos três. Hoje falaremos da polêmica Champions League de 1992/93, conquistada pelo Olympique de Marseille.

Pedro Regis Rodrigues
Por Pedro Regis Rodrigues 2 Minutos de Leitura

Quando pensamos em times franceses na Champions, logo nos vem na cabeça o Paris Saint-Germain, ou então, Mônaco, e até o Lyon. Mas o único clube francês campeão da competição, não é nenhum dos três. Hoje falaremos da polêmica Champions League de 1992/93, conquistada pelo Olympique de Marseille.

Por dentro da polêmica Champions do Olympique de Marseille: Bastidores do continente azul

O Marseille, clube francês tradicionalíssimo em seu território, vinha forte para a Champions League da temporada 92/93. Após vencer o Campeonato Francês nas quatro temporadas anteriores, o time manteve sua boa base, e se reforçou bem para a disputa da competição europeia. Nomes como Barthez, Deschamps, Desailly e Voller, integravam o ótimo plantel do OM.

Na época, as duas primeiras fases da Champions eram eliminatórias, e somente na terceira fase, viriam os dois grupos, com quatro integrantes cada. Na primeira fase, o Olympique enfrentou o Glentoran, e atropelou: vitória por 5×0 fora, e 3×0 em casa. Na segunda fase, duelo mais pegado contra o bom time do Dínamo Bucareste: empate em 0x0 na Romênia, e vitória por 2×0 em território francês.

Na terceira fase, num grupo com o Rangers como principal adversário, o Marseille passou de maneira invicta, com três vitórias e três empates. Apenas os primeiros colocados se classificariam, agora para a grande final. O adversário do outro grupo? Nada mais, nada menos que o poderoso Milan.

Por dentro da polêmica Champions do Olympique de Marseille: Bastidores do continente azul

Em Munique, na Alemanha, aconteceria a grande final, que entraria para a história. Com gol aos 43 minutos do primeiro tempo, Boli entrou para a história do clube e da competição, ao marcar o gol do título.

A festa foi enorme na França, já que era o primeiro título de Champions do país. Um orgulho enorme para os torcedores do OM. Porém, a festa durou apenas uma única semana. Denúncias veiculadas pela imprensa francesa anunciavam um possível suborno por parte do Olympique ao Valenciennes, clube que lutava para não cair na temporada.

A proposta seria para que o Olympique vencesse o duelo contra o Valenciennes sem esforço, por um placar magro, já que na semana seguinte, haveria a grande final da Champions. E de fato aconteceu, vitória por 1×0, com gol marcado no começo da etapa inicial.

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As denúncias foram confirmadas, já que foi achado a quantia de 250 mil francos no quintal da tia de Christophe Robert, atacante do Valenciennes. Logo após, jogadores do clube confirmaram que aceitaram o suborno. O resultado foi uma punição severa ao OM, com a retirada do título francês. Houve também o decreto de rebaixamento ao clube, mas este não foi cumprido.

Isso se refletiu também na Champions, onde, após toda a polêmica, o CSKA Moscou também denunciou o clube por suborno, mas não houve uma investigação profunda da denúncia, e o título foi mantido ao clube francês.

No Intercontinental, o Olympique perdeu a vaga para o vice Milan, que viria a ser derrotado pelo São Paulo.

O que ficou de lembrança para os torcedores do Marseille, foi a grande conquista do clube, uma campanha irreverente e um plantel forte, e o nome marcado de vez na história do futebol europeu, na maior competição de clubes do mundo.

Polêmicas à parte, para o mundo, um torneio de alto nível técnico, com craques fazendo bonito dentro de campo, e claro, grandes surpresas, com favoritos caindo mais cedo, e um gigante sendo batido na final.

Por dentro da polêmica Champions do Olympique de Marseille: Bastidores do continente azul

Uma edição digna de UEFA Champions League!

Estudante de jornalismo, explorando as áreas da Redação Esportiva. Fanático pelo Corinthians e histórias de clubes espalhados pelo mundo. Acompanho de perto Manchester United (ING) e Juventus (ITA).
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