Já imaginou ligar sua TV para assistir a algum jogo da Copa São Paulo de Futebol Júnior, a famosa Copinha, e se deparar com algumas das seguintes partidas: Palmeiras x Vélez Sarsfield, Internacional x Providência (México), Santos x Bayern de Munique, Bahia x Universidad de Guardalajara (Mèxico), Vasco x Boca Juniors, Botafogo x Peñarol, Flamengo x Nagoya Grampus (Japão), Grêmio x Japão, Cruzeiro x Tokyo Verdy (Japão), Corinthians x Cerro Porteño, Portuguesa x China, Athletico Paranaense x Al-Hilal (Arábia Saudita) ou São Paulo x Kashiwa Reysol (Japão)?
Pode até parecer alguma utopia, ilusão ou mesmo uma zoação, mas, de fato, esses jogos já aconteceram na Copinha! A PFQL te conta uma pouco mais dessas participações gringas na mais famosa competição de base do Brasil.
Em 1980, aconteceu a primeira participação estrangeira na competição, com os mexicanos da equipe Providência. Estavam no grupo D, sediado na cidade de Marília, ao lado de Internacional, Santos e Marília. Perderam todas as partidas (5×1 para o Marília, 1×0 para o Internacional e 2×0 para o Santos), voltando para casa sem sequer conquistar um pontinho.
Já no ano seguinte, em 1981, a segunda aventura estrangeira foi com os argentinos do Vélez Sarsfield. Ficaram no grupo 1, ao lado de Internacional, Portuguesa e Botafogo-SP. Terminaram sua campanha com 2 empates (0x0 contra o Internacional e 1×1 contra o Botafogo-SP) e uma derrota (2×1 para a Portuguesa), uma campanha bem mais digna! Os argentinos do Vélez se aventuraram novamente no ano seguinte, em 1982, no grupo 2, ao lado de Palmeiras, Guarani e Matsubara-PR, empatando com o Guarani em 1×1 e perdendo para o Palmeiras por 2×1 e para o Matsubara por 5×3.

Pulamos então para o ano de 1985, onde tivemos o único europeu a participar da competição até hoje! Estamos falando dos alemães do Bayern de Munique, que ficaram no grupo 1, com sede em São Bernardo do Campo, ao lado de Santos, América-RJ e Pinheiros-PR. Venceram o América-RJ por 2×1 e perderam para o Santos por 4×0 e para o Pinheiros por 3×0.
Mais um pulo e vamos para 1988, quando o México foi representado pelo Universidad de Guadalajara, que ficou no grupo E ao lado de São Paulo, Bahia e XV de Jaú. Venceram o São Paulo por 1×0 e perderam para o Bahia 2×0 e pro XV de Jaú por 3×1.
Mais um pulo e vamos para 1988, quando o México foi representado pelo Universidad de Guadalajara, que ficou no grupo E ao lado de São Paulo, Bahia e XV de Jaú. Venceram o São Paulo por 1×0 e perderam para o Bahia 2×0 e pro XV de Jaú por 3×1.

Chegando à década de 1990, tivemos o auge das participações internacionais na Copinha. Começamos por 1993, quando tivemos 2 estrangeiros: Boca Juniors e Peñarol. Os argentinos ficaram no grupo E, ao lado de Vasco, Portuguesa e Juventus-SP, e perderam as 3 partidas (2×0 para o Vasco, 1×0 para a Lusa e 4×0 para o Juventus). Já os uruguaios do Peñarol ficaram no grupo G, ao lado de Corinthians, Botafogo e São Caetano. Empataram com o Botafogo em 1×1 e perderam para o Corinthians por 2×1 e para o São Caetano por 2×0.
Em 1994, novamente dois estrangeiros se aventuraram no torneio: Cerro Porteño, do Paraguai, e Nagoya Grampus, do Japão. Os paraguaios ficaram no Grupo A, ao lado de São Paulo, Londrina e Volta Redonda. Venceram o Volta Redonda por 2×1 e perderam para o São Paulo por 4×0 e para o Londrina por 3×1. Já os nipônicos estavam no Grupo B, ao lado de Flamengo, Guarani e Corinthians. Venceram o Corinthians por 4×3 e perderam para o Flamengo por estrondosos 7×2 e para os futuros campeões daquela edição, o Guarani de Luizão e companhia, por 3×0.
Em 1995 aconteceria talvez a participação mais inusitada até então da Copinha: A da seleção sub-20 do Japão, que estava no Grupo H, sediado em São José dos Campos, ao lado de Grêmio, Guarani e Capivariano-SP. Venceram o Grêmio por 4×3 e perderam para o Guarani por 3×1 e para o Capivariano por 2×1.
Já em 1996, foi a vez do Tokyo Verdy (na época ainda chamado de Yomiuri Verdy) do Japão dar as caras! Ficaram no Grupo C em Jundiaí, ao lado de Cruzeiro, Palmeiras e Paulista de Jundiaí, voltando com 3 derrotas na bagagem (3×2 para o Cruzeiro, 4×0 para o Palmeiras e 4×1 para o Paulista).

Em 1997, novamente 2 estrangeiros: Os paraguaios do Cerro Porteño e outra seleção sub-20, a China. Os paraguaios ficaram no Grupo A, ao lado de Corinthians, América-MG e Botafogo-PB. Empataram com o Botafogo-PB por 1×1, com o Corinthians por 0x0 e perderam para o América-MG por 4×0. Já os chineses ficaram no Grupo B, ao lado de São Paulo, Portuguesa e União São João-SP. Venceram o União de Araras por 2×1 e perderam para o São Paulo por 1×0 e para a Portuguesa por 5×2.
Depois dessa sequência de estrangeiros e quando já não se esperavam mais participações de fora na competição, eis que em 2010, aparece o Al-Hilal, da Arábia Saudita. Os sauditas ficaram no Grupo U, com sede em Paulínia, ao lado de Athletico Paranaense, Remo e Paulínia-SP. Empataram em 2×2 com o time de Paulínia e perderam pelo placar de 1×0 tanto para o Athletico com para o Remo (levando os gols já no fim das respectivas partidas).
Em 2014, surge a derradeira (até o presente momento) participação gringa na Copinha. Foi com os japoneses do Kashiwa Reysol, que não fizeram feio, sendo a única equipe estrangeira a atingir a segunda fase da competição! Ficaram no Grupo W com sede em Barueri, ao lado de São Paulo, Auto Esporte-PB e Grêmio Barueri. Empataram com o São Paulo por 1×1 e venceram o Grêmio Barueri por 2×1 e o Auto Esporte-PB por 5×2, avançando como um dos melhores segundos colocados (ficaram atrás do São Paulo pelo saldo de gols). Cairiam na segunda fase, ao perderem para o Santos por 4×0.