A equipe de redação do Noite de Copa desenvolveu um novo projeto para contar a história de todos os grandes clubes do nosso país. Vamos falar sobre vários tópicos, desde a criação e fundação do clube até os dias atuais, sejam recordes, conquistas, honrarias, ídolos ou revoluções sociais. Este é o SEXTO post e usaremos a hashtag #HistóriaNoNC e destacaremos o post para vocês poderem acessar o acervo de arquivos durante a série de postagens. O sexto post é sobre o Sport Club Corinthians Paulista.
BOA LEITURA!
𝐂𝐨𝐫𝐢𝐧𝐭𝐡𝐢𝐚𝐧𝐬 𝐠𝐫𝐚𝐧𝐝𝐞, 𝐨 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐛𝐫𝐚𝐬𝐢𝐥𝐞𝐢𝐫𝐨
Salve o clube mais popular da raiz paulistana, salve aquele que impôs democracia, ao povo, a massa, aos fiéis. Tradição e glórias mil residentes num só símbolo, criado de operários, fundado sob a luz de um lampião. O editorial foi produzido pelo Bernardo, membro da redação do nosso projeto.
Sua fundação
No ano de 1910 o time inglês Corinthian – Casual Football Club fez uma excursão ao Brasil para enfrentar alguns times brasileiros e no dia 1° de Setembro cinco operários foram assistir a um desses jogos da turnê do time inglês. Após acompanharem mais uma vitória do clube inglês em solo brasileiro os cinco operários saíram do estádio em êxtase e motivados a fundarem o seu próprio clube. E sem qualquer delonga, os operários se reuniram com mais 8 rapazes que viriam a ser os primeiros sócios do clube. Assim, os treze ali reunidos decidiram usar o nome do time inglês como inspiração e fundar o Sport Clube Corinthians Paulista e ali tínhamos também o primeiro presidente do clube, o alfaiate Miguel Battaglia que desde o primeiro momento trouxe um dos grandes lemas do clube “O Corinthians é o time do povo e o povo é quem vai fazer o time.”
Pioneiros
Anselmo Corrêa, Antônio Pereira, Carlos Silva, Joaquim Ambrósio e Raphael Perrone são os primeiros nomes com grande importância na história do clube, pois eles são os operários que fundaram o clube naquele primeiro de setembro no bairro Bom Retiro. Junto deles vale ressaltar o nome de Miguel Battaglia, o alfaiate que foi instituído como primeiro presidente do clube mesmo que em curto período teve papel importante no começo da caminhada do que viria a ser um dos maiores clubes do país.
Primeiros Jogos
Na rua dos Imigrantes, atual rua José Paulino, existia um terreno baldio o qual foi capinado, tratado e preparado pelos operários e sócios-fundadores do clube. Ali estava nascendo o primeiro campo do clube que veio a ser conhecido como “Lenheiro”, pois anteriormente ele era um depósito de lenha. O clube teve adesão rápida no bairro e o número de sócios ali cresceu rapidamente e assim já foi possível comprar uma bola a partir das doações dos associados do clube. Assim, em menos de duas semanas o clube já havia realizado seus primeiros treinos e estava preparado para o seu primeiro jogo no “Lenheiro”. E no dia 10 de Setembro de 1910 o clube viria a campo pela primeira vez contra o time paulistano, União da Lapa, à época um dos melhores e mais respeitados times paulistas da várzea. O jogo teve resultado de 1×0 para o União da Lapa, placar esse que surpreendeu e impressionou pela forma como o clube recém criado se portou diante de um clube que já estava estruturado. O timão veio a campo contra o União da Lapa com a seguinte escalação: Valente; Perrone e Atílio; Lepre, Alfredo e Police; João de Silva, Jorge Campbell, Luiz Fabi, César Nunes e Joaquim Ambrósio. Poucos dias depois, na data de 14 de Setembro, o clube voltou a campo para enfrentar o também varzeano Estrela Polar. Ali vimos a primeira vitória do clube na história pelo placar de 2×0, com gols do centroavante italiano Luiz Fabbi e o meio campista Jorge Campbell foi o responsável por selar o placar e assim iniciar a história de vitórias do clube de Parque São Jorge. Nessa primeira vitória o timão veio a campo com os seguintes nomes: Valente; Police, Perrone, Atílio e Lepre; Alfredo, João da Silva, Jorge Campbell e César Nunes; Joaquim Ambrósio e Fabbi.
Escudo e Cores
Originalmente o clube tinha como cores oficiais o preto e o bege que no principio do clube compunham o primeiro uniforme do clube que era formado de uma camisa bege com punhos e golas pretas e calções e meiões pretos. Porém, após as primeiras lavagens o uniforme acabou desbotando e a diretoria do clube optou por adotar o branco como cor oficial pois à época o clube não tinha condição de comprar outro uniforme. Assim o clube adotou a combinação preta e branca que conhecemos até hoje, porém com uma tradição de terceiros uniformes com designs e cores que fogem do tradicional. O primeiro registro de um terceiro uniforme que trazia um novo design ao clube vem do ano de 1950 quando o terceiro uniforme contava com uma camisa branca com dois “vês” pretos na camisa. O bege, porém, não ficou esquecido nos primórdios do clube e por vezes reaparece em uniformes e adereços do clube, como em 2010 que em homenagem ao centenário do clube foram inseridos detalhes em bege nos uniformes do clube para celebrar esse momento do clube. Em seus primeiros três anos de história o clube não contava com um escudo oficial e em 1913 o clube utilizou apenas as letras “C” e “P” para a disputa de uma vaga na Liga Paulista. A partir dali, o escudo foi sofrendo alterações à medida que o clube avançava e capítulos eram escritos em sua trajetória. No ano de 1919 vimos pela primeira vez a aparição da bandeira da cidade São Paulo no escudo do clube, algo que se tornou característico do clube e que hoje está entrelaçado com a identidade do clube. E no ano de 1939 tivemos a inserção dos remos e da âncora que se tornaram tão tradicionais do clube, que foram inseridos em alusão aos esportes náuticos que ganharam força no clube após a compra do terreno que se tornou o famoso Parque São Jorge. Ao longo do tempo ainda vimos algumas alterações e versões do escudo corinthiano e o clube adotou como tradição a inclusão de estrelas no distintivo após as grandes conquistas do clube. Até que em 2011, após algumas discussões internas no clube foi definido que o escudo aumentaria de tamanho e as estrelas não seriam mais incluídas pois todas as conquistas eram especiais.
Primeiros Títulos
No ano de 1913 o clube participou pela primeira vez do campeonato paulista, e com participação discreta o clube terminou em quarto lugar na edição que contava com 5 equipes na disputa. E no ano de 1914 o clube chegou ao seu primeiro título paulista. Com campanha irretocável, o timão levantou a taça do paulista com uma rodada de antecedência e uma campanha de 10 vitórias em 10 jogos disputados. O time alvinegro contou com grande importância do atacante Neca, que com 12 gols foi artilheiro da competição. Depois dali o clube começou a figurar entre os grandes clubes do estado de São Paulo e ganhar relevância com títulos paulistas e seu primeiro tricampeonato paulista nos anos de 1922, 1923 e 1924. Esse era o princípio de uma extensa galeria de troféus que veríamos encher nos anos seguintes do clube.
Torcida
“O Corinthians é o time do povo e o povo vai fazer o time”, as palavras de Miguel Battaglia descrevem bem a relação de amor que o clube tem com a sua torcida. A fiel se destaca como uma das maiores torcidas do Brasil e tem uma das relações clube-torcida mais especiais do país. A Fiel em números é a segunda maior torcida do Brasil e hoje o clube conta com o incrível número de 116 mil sócios, sendo o terceiro clube brasileiro com mais sócios. Fora os grandes números, a Fiel sempre se coloca como peça fundamental do clube desde os primórdios da história alvinegra, apoiando incondicionalmente o clube mesmo nos seus momentos mais caóticos e difíceis. Alguns episódios como a invasão ao Maracanã na semifinal do brasileiro de 1976, onde 70 mil torcedores alvinegros encheram o Maracanã para apoiar o clube paulista, a invasão ao Japão no ano de 2012, episódio onde mais de 30 mil torcedores deram a volta ao mundo para ver o clube paulista erguer mais uma taça, dentre outros demonstram a enorme paixão envolvida na relação Fiel-Corinthians.
Maiores públicos do Corinthians na História
169.133 – Fluminense (1976)
146.082 – Ponte Preta (1977)
123.435 – Flamengo (1984)
120.902 – Palmeiras (1974)
120.782 – Santos (1977)
Maiores públicos do Corinthians na Arena Neo Química
47.031 – Flamengo (2022)
46.965 – São Paulo (2023)
46.903 – São Paulo (2019)
46.571 – Cruzeiro (2018)
46.493 – Palmeiras (2017)
Títulos
CORINTHIANS (51)
2x Mundial de Clubes
1x Copa Libertadores
7x Campeonato Brasileiro Série A
1x Campeonato Brasileiro Série B
3x Copa do Brasil
1x Recopa Sul Americana
1x Supercopa do Brasil
30x Campeonato Paulista
5x Torneio Rio-São Paulo Ao todo o clube ultrapassa a marca de 130 taças levantadas, contando todos os títulos amistosos conquistados até o presente momento e dentre essa galeria recheada de taças existem algumas que se destacam como o Campeonato Paulista de 1977, o Campeonato Brasileiro de 1990, a Libertadores de 2012 e o Mundial de 2012, os quais entraremos em mais detalhes.
O Desjejum histórico
O que torna o um “simples” Campeonato Paulista tão especial?
Deve-se levar em conta que à época os campeonatos estaduais tinham um peso maior na realidade dos clubes e era um título que o clube não via em sua galeria de taças desde o ano de 1954, eram quase 23 anos sem que a torcida pudesse soltar o grito de “CAMPEÃO” da garganta. Em uma série de 3 jogos realizados no Morumbi contra a Ponte Preta, o timão venceu o primeiro jogo por 1×0 com gol de Palhinha e no segundo jogo o time corintiano até saiu em vantagem mas a Ponte venceu pelo placar de 2×1 e deixou tudo em aberto para a terceira partida. E no dia de 13 de Outubro de 1977 se encerrou o maior jejum da história do clube quando aos 81 minutos de partida Basílio marcou o gol que sacramentou o título paulista do time do Parque São Jorge.
O primeiro nacional
Até o ano de 1990 o timão já se colocava como um dos grandes clubes do país, mas ainda faltava algo para que se consolidasse no panteão dos gigantes brasileiros, uma conquista a nível nacional. Já havíamos visto o timão bater na trave anteriormente, como em 76 quando o Inter de Falcão bateu o time paulista na decisão do Brasileiro mas no ano de 1990 a história seria diferente. O time formado para o ano de 1990 não era considerado um primor técnico e muito menos colocado como um dos grandes postulantes ao título, mas naquele grupo de jogadores havia a raça e determinação que a fiel sempre espera de seus jogadores. Após duas derrotas, a direção agiu rápido e fez a troca do técnico Zé Maria e trouxe Nelsinho Batista para comandar aquele grupo de jogadores e engatou uma boa campanha na fase de classificação e chegou às quartas de final contra o Galo. Aqui tivemos a ascensão de um ídolo corintiano, o grande craque daquele elenco e nome do título, Neto. Marcando 2 gols contra o Galo nas quartas, 1 golaço de falta contra o Bahia, tendo participação direta em 3 dos 4 gols que levaram o Timão para a decisão contra o grande favorito da competição, o São Paulo de Telê e cia. Mesmo sendo o franco azarão na decisão o Corinthians não se ateve a isso e venceu ambos os jogos da decisão pelo placar mínimo, contando com gols de Wilson Mano com assistência de Neto para vencer o primeiro jogo e com o talismã daquele time, Tupãzinho, marcando no segundo jogo para sacramentar o primeiro título nacional da história do Timão.
Obsessão
Após 35 anos de sua primeira participação na competição continental em 1977, o Corinthians colecionou algumas eliminações traumáticas e a pressão para seu primeiro título continental era grande haja vista seus rivais já tinham ao menos um título da competição e era o único grande paulista que não tinha a taça em sua galeria. E após o pentacampeonato brasileiro conquistado em 2011, o timão vinha para a Libertadores de 2012 como um dos grandes favoritos e com reforços pontuais como a volta de Douglas que estava no Grêmio e a chegada do goleiro Cássio, a base de 2011 se encontrava ainda mais preparada para a disputa. A equipe se classificou com tranquilidade em seu grupo que contava com Cruz Azul-MEX, Deportivo Táchira-VEN e Nacional-PAR e conquistou o direito de decidir os seus jogos do mata-mata em casa. Entre a fase de grupos e as oitavas veio uma eliminação precoce no paulista para a Ponte Preta em pleno Pacaembu e o técnico Tite mudou o time que viria a enfrentar o Emelec nas oitavas de final. Com um empate no Equador e uma vitória maiúscula por 3×0 no jogo de volta em São Paulo, o timão se classificou para as quartas de final para pegar o Vasco. Após um 0x0 em São Januário, num Pacaembu lotado a torcida do timão viu alguns dos momentos mais marcantes daquela campanha. Primeiro o time paulista viveu a tensão de ver Diego Souza sair livre, cara a cara com Cássio, ali toda a campanha podia estar caindo por terra. Mas dali em diante Cássio surgia como um dos grandes heróis da história do clube com uma defesa inesquecível. Poucos momentos depois a explosão da Fiel foi inevitável quando Paulinho subiu e de cabeça marcou o gol que colocou o Corinthians na semifinal da Libertadores. Se engana quem pensa que na semi o adversário seria mais fácil, surgiu no caminho do Timão o Santos que era atual campeão da Libertadores, que contava com um jovem Neymar em ano mágico. Nesse duelo Tite deu indícios do grande técnico que viria a se tornar, quando conseguiu montar uma estratégia que diminuiu drasticamente o impacto do jovem e com um golaço de Emerson Sheik o timão saiu com a vitória da Vila Belmiro. Na volta, um empate com gol decisivo de Danilo e o Timão chegou à sua tão esperada primeira final de Libertadores, contra o todo poderoso Boca Juniors. Na ida, Romarinho marcou seu nome na história do clube ao marcar o gol de empate logo no seu primeiro toque na bola e calar a Bombonera que àquela altura já acreditava que o Boca sairia com um resultado positivo. Com o bom resultado na mala, o time paulistano chegou para o segundo jogo com a confiança no alto e não deixou que o Boca tivesse chance, com 2 gols de Emerson Sheik o Timão conquistou a sua primeira Libertadores de forma invicta.
O mundo Alvinegro, pela segunda vez
Com a Libertadores na mala, o Timão foi ao Japão participar do Mundial sonhando em voltar com a segunda taça da competição para a sua galeria de troféus. O segundo semestre de 2012 foi de preparação para a competição e a equipe de Tite perdeu algumas peças, o meia Alex e o zagueiro Leandro Castán, ambos titulares foram algumas das baixas da equipe. Também chegaram alguns nomes pensando na competição, dentre eles o atacante peruano Paolo Guerrero desembarcou no Parque São Jorge. Após o final do campeonato Brasileiro, a equipe embarcou para o Japão carregada por sua torcida que lotou o aeroporto e deu ao time uma amostra da invasão que a Fiel faria na terra do sol nascente. No Japão, o primeiro confronto foi contra a equipe do Al Ahly, campeão da liga dos campeões da África.Em jogo difícil o Corinthians abriu o placar aos 29 do primeiro tempo em cruzamento de Douglas e finalização de Guerrero que deu números finais ao confronto e colocou o clube paulista na final do mundial mais uma vez. A final projetada por tanto tempo enfim havia chegado e o adversário era o Chelsea, que havia desbancado os grandes favoritos na Champions e chegava ao Mundial em fase de reestruturação com os recém chegados Hazard e Oscar. Após a Champions os Blues enfrentaram um início de temporada turbulento com a troca de comando técnico e algumas mudanças no time que havia batido o Bayern meses antes, a perda de Drogba e o capitão John Terry passando por problemas físicos criaram certa instabilidade na equipe. Porém, isso não fez diferença na semi, pois passaram pelo Monterrey-MEX sem qualquer dificuldade e chegavam como francos favoritos. Assistindo a semi, Tite chegou à conclusão de que deveria fazer uma mudança na equipe titular que viria a campo, Douglas daria lugar a Jorge Henrique pelo lado direito. A mudança tinha como objetivo diminuir os espaços do jovem Hazard e tentar baixar o volume de jogo da equipe Londrina. Deu certo. Contando com partida inspiradíssima de Cássio, o Corinthians se defendeu fortemente e não deixou que o mental se abalasse por mais que o Chelsea dominasse as ações e com jogada de Paulinho e Danilo a bola sobrou para que Paolo Guerrero colocasse a taça nas mãos da Fiel novamente.
Maiores ídolos
A galeria de ídolos corintiana conta com grandes nomes do nosso futebol e dentre eles se destacam os seguintes nomes:
Sócrates
Não poderia começar essa lista com outro nome se não o do Doutor. Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira Oliveira, foi um meio campista de alta elegância e técnica que marcou época no futebol brasileiro e foi um dos grandes líderes da democracia corintiana. Dentro de campo, Sócrates atuou pelo Corinthians em 298 jogos e marcou 172 gols pelo clube paulista. Entrou no time num momento de pressão onde o clube havia recém saído de uma seca de títulos e conquistou 3 títulos paulistas (79, 82,83) e foi o grande cérebro daquela equipe, organizando e regendo o time com técnica, elegância e uma inteligência acima da média. Fora de campo, o Doutor era formado em medicina e foi o grande líder da Democracia Corintiana. Movimento que criou uma autogestão dentro do clube e instaurou a democracia dentro do clube e que foi importante para o país em meio a ditadura que regia o país. Sócrates representa a essência do Corinthians e até hoje é idolatrado pela torcida corintiana não só pelo que fez em campo, mas por sempre ter sido uma extensão do clube em tudo que fazia.
Marcelinho Carioca
De certa forma é irônico que um carioca tenha alcançado uma idolatria tão grande num dos maiores clubes da capital paulista. O pé de anjo desembarcou da Europa e quando chegou ao Parque São Jorge deixou claro desde o primeiro momento que queria marcar o seu nome na história do clube. E não disse isso à toa, Marcelinho é um dos jogadores que mais títulos conquistou com a camisa do Timão. Ao todo Marcelinho atuou em 433 jogos e marcou 206 gols pela equipe paulista, conquistando ao todo 4 Campeonatos Paulistas, 1 Copa do Brasil, 2 Campeonatos Brasileiros e 1 Mundial. Marcelinho se destacava com suas belíssimas cobranças de bola parada que sempre geravam perigo ao adversário e decidiam jogos a favor da equipe. Marcelinho marcou época no Corinthians como uma das lideranças de uma das eras mais vitoriosas do clube e com certeza sempre será lembrado com enorme carinho pela Fiel.
Craque Neto
[@10neto @OSDONOSDABOLA] De personalidade forte e temperamento explosivo, José Ferreira Neto chegava ao Corinthians em uma troca com o Palmeiras pelo meia Ribamar. O xodó da fiel tem seu nome marcado para sempre na história corintiana por ter sido o líder da campanha que levou o clube a sua primeira conquista nacional. Com seus gols e assistências, Neto fez um campeonato brasileiro espetacular no ano de 1990 e foi um dos principais responsáveis pelo título, marcando 9 vezes na campanha. Ainda conquistaria um campeonato Paulista no ano de 1997, em outra passagem pelo clube, mas sem o mesmo destaque e importância que tivera no ano de 90. Neto teve ao todo 228 jogos pelo Corinthians e marcou 80 gols. Neto se tornou um torcedor do clube e por mais que certas vezes aja com destempero é inegável que ele tem seu nome eternizado no clube e ainda hoje é uma figura relevante no cenário do clube.
Cássio
O segundo jogador com mais jogos disputados e uma galeria de títulos recheada não poderia ficar de fora dessa lista. Cássio é um grande símbolo de uma das eras mais vitoriosas da história do clube e peça fundamental na conquista da Libertadores e Mundial no ano de 2012. Cássio conta com mais de uma década na meta Corintiana e mesmo alternando entre bons e maus momentos nesse período, o goleiro conquistou ao todo 9 títulos pelo alvinegro de Parque São Jorge, sendo eles 4 Campeonatos Paulistas, 1 Recopa Sul-Americana, 2 Brasileirões, 1 Libertadores e 1 Mundial de Clubes em seus 695 jogos. Cássio foi protagonista e decisivo em grandes momentos da história do clube com atuações marcantes e com certeza jamais será esquecido pela torcida do Corinthians.
Democracia Corintiana
Falar do Corinthians e não falar da democracia corintiana seria um erro leviano de nossa parte. Um movimento que fez história não apenas no futebol e no clube mas também é um pedaço da história do nosso país. O movimento teve seu início nos anos de 1982 e perdurou até o ano de 1984 e era encabeçado pelas lideranças do elenco, Sócrates, Casagrande, Wladimir, Biro-Biro, Zé Maria e Zenon. Mas o que era a Democracia Corintiana? O país vivia naquele momento um período regido pela ditadura militar e o movimento democrático ganhava força dentro do país conforme ia se difundindo. Até que alcançou os jogadores mais influentes daquele elenco que propuseram que dentro do clube se iniciasse a Democracia Corintiana. A proposta previa mudanças estruturais ao clube, pois daria a todos os funcionários do clube o mesmo poder de decisão. Todos votariam com relação às decisões tomadas no clube e todos os votos teriam o mesmo peso. Essa autogestão teve impacto imediato no clube e vimos um Corinthians mais bem estruturado e competitivo do que nos anos que antecederam a Democracia Corintiana. Porém, após instaurar a democracia no clube, se compreendeu que como instituição, o clube poderia e deveria fazer mais pela situação do país. Sendo assim, os líderes do movimento participaram dos movimentos Diretas Já e foram voz ativa na luta contra a repressão que assolava o país na época. Sócrates, Casagrande, Wladimir e os demais eram frente ativa, Doutor inclusive fazendo discursos importantes para o período. O movimento teve seu fim no ano de 1985, quando Sócrates infelizmente já havia partido rumo à Itália jogar na Fiorentina e Casagrande deixou o clube para acertar com o São Paulo. Mas a pá de cal que definitivamente encerrou o movimento foram as eleições do clube, onde o Diretor de Futebol Adilson Monteiro Alves que seria o sucessor do então presidente do clube, Waldemar Pires, foi derrotado e o clube tomou rumos diferentes aos da democracia. Ainda assim, o movimento marcou o país e o clube de forma inesquecível e é até hoje alvo de muito orgulho da torcida e do clube.
CT e Estádio
O Corinthians atua em uma das mais modernas arenas do país, a Neo Química Arena, estádio construído em 2014 visando sediar alguns jogos da Copa do Mundo no ano de 2014. Localizada na cidade de São Paulo, mais precisamente no bairro de Itaquera, a Arena conta com capacidade máxima de 48.234 pessoas. A arena que abriga o Timão foi anunciada no ano de 2010 na celebração do Centenário do clube para 150 mil pessoas, em evento que ocorreu no Vale do Anhangabaú. As obras tiveram início no ano seguinte, no dia 30 de Maio de 2011, e teve sua entrega ao clube no dia 15 de Abril de 2014. A arena foi inaugurada no mês seguinte, em uma rodada do campeonato brasileiro realizada no dia 18 de Maio de 2014, o Corinthians recebeu o Figueirense, entretanto o visitante botou água no chopp e estragou parte da festa alvinegra com uma vitória pelo placar mínimo. Desde então, a Arena já recebeu mais de 300 jogos do Corinthians e sediou as maiores competições do esporte mundial, a Copa do Mundo de 2014 e jogos das Olimpíadas 2016, e se tornou a casa da Fiel. Há, contudo, um desejo dentro do clube de que a Arena seja ampliada chegando a quase 70 mil lugares para que comporte ainda mais membros “roxos” da fiel torcida. O CT que abriga o clube paulistano é o CT Joaquim Grava, inaugurado no ano de 2010 e foi batizado assim por conta da grande participação do Doutor Joaquim Grava no projeto do CT. A construção do CT foi uma das grandes promessas de campanha de Andrés Sanches que queria tirar o Departamento de futebol do Parque São Jorge. O CT conta com uma estrutura completa com 3 Campos oficiais, 1 Mini-campo para aquecimento e treinamentos de goleiros, Hotel com 32 apartamentos, auditório para reunião dos atletas, restaurante e cozinha com capacidade para 60 pessoas, sala de fisioterapia e massagem, vestiário para Clubes visitantes, sala de jogos, lan house e leitura, sala de tecnologia e estatísticas, sala da comissão técnica, complexo de aplicação da biomecânica para prevenção de lesões, sala de musculação, fisioterapia, piscina aquecida, vestiários, sala de imprensa com capacidade para até 100 jornalistas, mini-ginásio para basquete (com aval da FIBA) e Volêi (aval da FIVB) para jogos oficiais, 1 campo de grama sintética, piscina descoberta, quadra de tênis e playground para filhos dos atletas.
Base (Terrão)
O timão tem muito cuidado com a estrutura das suas categorias de base e tem um histórico de grandes campanhas nas categorias de base, sendo o maior campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, maior competição de base do país, com 10 títulos ao todo. Tendo alguns de seus grandes ídolos saídos das categorias de base do clube, o timão tem tentado cada vez mais ofertar melhores estruturas e capacitação aos meninos que fazem parte do clube. Alguns exemplos de jogadores saídos do terrão: Everton Ribeiro: O atleta que colecionou títulos por onde passou teve seu início no Corinthians no ano de 2007. Teve seu auge no Cruzeiro e no Flamengo, hoje atua pelo Bahia. Rivellino: Após ser dispensado em um teste do grande rival, Palmeiras, marcou época no alvinegro com mais de 10 anos de clube e fazendo do Palmeiras seu adversário preferido enquanto vestia preto e branco. Foi um dos grandes nomes da seleção de 70 e tem seu nome marcado como cria do Corinthians. Casagrande: Casão surgiu em uma Copa São Paulo no ano de 1981 e marcou a história do clube sendo parte ativa da democracia corintiana. É um dos grandes centroavantes que passou pelo clube e tem seu nome marcado na história do clube. Wladimir: O jogador que mais vestiu a camisa do clube, fez parte da democracia corintiana e tem seu nome gravado para sempre na história do clube. Ao total teve 14 anos vestindo a camisa do clube que o revelou, em suas duas passagens. Marquinhos: Reserva na conquista da Libertadores em 2012, Marquinhos não ficou muito tempo no clube antes de partir para a Europa e fazer sua carreira. Por lá atuou por Roma e agora já tem mais de 10 anos de PSG e é titular da seleção. Murillo: Uma das grandes promessas da nova safra de zagueiros brasileiros, Murillo teve 27 jogos pelo Corinthians antes de ser vendido ao Nottingham Forest – Ing. Murillo estreou em partida contra o Remo no mês de Abril de 2023 e no mês de Agosto do mesmo ano fez seu último jogo pelo Timão antes de ir para a Europa.
Poliesportivo
O clube conta hoje com diversas modalidades internas, competitivas e de paradesporto (para atletas adaptados) ativas atualmente. O clube tem a visão de estar representado no máximo de modalidades possíveis, conta com 19 modalidades profissionais, além do futebol. Das modalidades que o clube tem além do futebol, se destacam algumas;
Futsal O Corinthians sempre teve o futsal atrelado a sua formação de atletas de futebol e hoje não seria diferente. Contando com uma estrutura que é referência mundial na modalidade, o Timão se destaca na modalidade masculina e feminina, sendo um dos projetos mais fortes e bem trabalhados do país.
MMA
A modalidade teve início dentro do clube no ano de 2011 e desde então é um projeto que vem obtendo grande relevância no cenário da modalidade ao contar com a participação de grandes atletas da modalidade. Atualmente, Charles do Bronx, grande destaque brasileiro no UFC é o embaixador do clube nos esportes de contato.
Natação
A equipe de natação do clube tem grande renome e prestígio na formação de atletas da modalidade e já contou com grandes nomes na modalidade, o maior exemplo disso é o nadador Thiago Pereira medalhista de prata nas Olimpíadas do ano de 2012 e maior medalhista brasileiro da história.
Basquete
O basquete é uma das modalidades mais tradicionais existentes no clube e participa de competições desde o ano de 1927, quando o esporte ainda era chamado de “Bola no cesto”. A modalidade teve sua época de auge na década de 60 quando o clube chegou a ser vice-campeão mundial na modalidade e colecionou títulos nacionais. A modalidade passou por um período de inatividade até ressurgir com a participação de Oscar Schmidt na modalidade do clube. Depois da década de 90 houve mais um período de inatividade e em 2017 a modalidade voltou com tudo e hoje o clube participa regularmente da NBB.
Brabas
Não poderíamos deixar de falar sobre a modalidade que nos últimos anos mais cresce e alcança grandes resultados no clube. No ano de 2016 o Corinthians retomou o projeto do futebol feminino, que existia no clube desde o ano de 1997 até sofrer uma breve paralisação no ano de 2008. O clube então fechou uma parceria com o Grêmio Osasco Audax dando o pontapé inicial de uma hegemonia que estava por vir. Foram dois anos de parceria que rendeu muito sucesso, onde foram conquistadas a Copa do Brasil de 2016 e a Libertadores de 2017. A partir do ano de 2018 a parceria se encerrou e o clube começou a ter uma gestão própria e o técnico Arthur Elias assumiu o comando da equipe que veio a ser campeã brasileira em 2018. Visto o sucesso rápido da modalidade, o clube criou a sub-17 para que houvesse uma melhor estrutura e novos talentos pudessem ser lapidado cada vez mais jovens. O clube estava se estruturando e vinha crescendo e conquistando títulos, contudo, no ano de 2020 o clube não se contentou apenas com os resultados dentro das 4 linhas e deu um passo de suma importância para o avanço da modalidade no país, a profissionalização de todas as atletas do elenco principal. O clube se tornou o primeiro a fazer isso na América do Sul e com essa mudança as jogadoras passaram a ter um contrato dentro dos padrões que vemos normalmente no masculino, contando com direitos de imagem e multa rescisória, impedindo transferências abruptas e fortalecendo a estrutura do clube e dando mais segurança para as atletas. Desde de que foi reativada a categoria já conquistou o total de 17 taças e se tornou uma referência de como os clubes devem tratar a modalidade e deu passos enormes visando a profissionalização e a popularização da modalidade no país.
CORINTHIANS FEMININO (17)
4x Copa Libertadores
5x Campeonato Brasileiro
1x Copa do Brasil
2x Supercopa do Brasil
4x Campeonato Paulista
1x Copa Paulista
O mosqueteiro
O mascote do Timão tem sua origem contada em mais de uma teoria, e a mais antiga delas tem origem no ano de 1913 e tem relação com a famosa história dos 3 mosqueteiros. No ano de 1913, o clube começou a disputar a Liga Paulista de Futebol e se juntou a Germânia, Internacional e Americano, assim o Timão se tornaria o quarto mosqueteiro (D’Artagnan) que estava se juntando a Porthos, Athos e Aramis. Porém essa teoria tem poucos registros e são datados de um período após o ano de 1913, outro fato importante é o de que não houveram apenas 4 times na disputa da Liga Paulista e sim 5, pois o Ypiranga também disputou a competição. A segunda teoria relata que o apelido tem origem após a primeira vitória internacional do clube, no ano de 1929, em um 3×1 contra a equipe do Barracas – Arg, realizado no Parque São Jorge. Após o jogo, em uma crônica do jornal A Gazeta, o Jornalista Thomaz Mazzoni exaltou a “fibra de mosqueteiro” daquele elenco que era o atual bicampeão paulista. Thomaz já era conhecido por criar os mascotes de Palmeiras e São Paulo e também por nomear o Derby (Corinthians x Palmeiras), o Majestoso (Corinthians x São Paulo) e o Choque-Rei (Palmeiras x São Paulo) e agora estava criando o Mosqueteiro que até hoje representa o clube
Maiores técnicos
Em toda a sua história, o clube conta com comandantes que marcaram época e comandaram a equipe em triunfos que jamais serão esquecidos. Aqui separamos alguns deles:
Oswaldo Brandão Oswaldo
É o comandante que mais vezes esteve à frente da equipe corinthiana na história com 437 partidas ao longo de suas 5 passagens pelo clube. Comandou a equipe na icônica quebra do jejum de 23 anos sem conquistar o campeonato paulista que viveu o clube e teve papel crucial no resgate da autoestima do clube e do torcedor após esse período de vacas magras, influenciando na remodelagem do clube e da cultura dentro do clube.
Retrospecto: 437 jogos, 282 vitórias, 93 empates e 92 derrotas (71,62% de aproveitamento) Títulos: 5 Campeonatos Paulista, 4 Torneio Rio- São Paulo, 1 Taça dos Campeões, 3 Taça Oswaldo Cruz
Passagens pelo clube: 5
Nelsinho Baptista
Nelsinho teve 4 passagens pelo clube e tem em sua primeira passagem o momento mais marcante de todas elas, a conquista do primeiro Campeonato Brasileiro da história do clube. Mesmo tendo alguns períodos conturbados no clube, Nelsinho é o sexto técnico que mais vezes comandou o clube e tem seu nome marcado na história do clube para sempre.
Retrospecto: 192 jogos, 84 vitórias, 66 empates e 42 derrotas (55,20% de aproveitamento) Títulos: 1 Campeonato Paulista, 1 Campeonato Brasileiro e 1 Supercopa do Brasil
Passagens pelo clube: 4
Carlos Alberto Parreira
O tetracampeão Mundial pela seleção teve passagem pelo Timão no ano de 2002 e fez uma temporada estupenda onde comandou a equipe aos títulos da Copa do Brasil e do Torneio Rio-São Paulo e ao vice Campeonato Brasileiro. Com o sucesso no Timão, Parreira foi o escolhido pela CBF para comandar a seleção no ciclo da Copa do Mundo de 2006. Mesmo com passagem de apenas uma temporada, Parreira cravou seu nome na história do clube e até hoje é lembrado por ter montado o “Melhor lado esquerdo do mundo”.
Retrospecto: 66 jogos, 36 vitórias, 15 empates e 15 derrotas (62% de aproveitamento) Títulos: 1 Copa do Brasil, 1 Copa Rio-São Paulo
Passagens pelo clube: 1
Tite
O técnico mais vitorioso da história do clube e segundo em número de jogos à frente do time. O gaúcho de Caxias do Sul em suas 3 passagens pelo Alvinegro marcou a história do clube e teve sinergia pouco antes vista no Futebol Brasileiro. Mesmo com uma primeira passagem apagada após levar o Grêmio aos títulos Gaúcho e da Copa do Brasil, Tite voltaria ao clube no ano de 2010 após grande temporada comandando o Internacional. Em sua segunda passagem, Tite comandou o Corinthians rumo ao seu primeiro título da Libertadores e ao título Mundial, se tornando o maior técnico do clube. Sob o comando de Tite, o Corinthians viveu seus melhores e mais vitoriosos anos e estará para sempre na história do clube.
Retrospecto: 378 jogos, 196 vitórias, 110 empates e 72 derrotas (62% de aproveitamento) Títulos: 1 Mundial de Clubes, 1 Libertadores da América, 2 Campeonatos Brasileiros, 1 Recopa Sul-Americana e 1 Campeonato
Paulista Passagens pelo clube: 3
O Corinthians não é apenas um clube de futebol, mas sim uma instituição que representa valores como união, perseverança e orgulho. Seu hino e sua história são fontes de inspiração para todos aqueles que acreditam no poder do esporte para transformar vidas e unir pessoas. Salve o Corinthians, o campeão dos campeões!
SALVE O CORINTHIANS!