O Botafogo de Futebol e Regatas acabou de viver o momento mais glorioso de sua rica trajetória. Lendas imortais como Gerson, Garrincha, Quarentinha e Heleno de Freitas certamente acompanham do céu com orgulho. Nilton Santos verá sua estrela solitária brilhar como nunca, com o clube a poucos passos de se eternizar entre os gigantes da América do Sul.
Nenhuma outra partida na história do Botafogo carrega o peso da que ocorreu neste sábado. Desde o início da gestão pela SAF, há dois anos, o clube vem jogando um futebol competitivo e envolvente, destacando-se como um dos melhores do país. No ano passado, apesar de liderar o Campeonato Brasileiro, sucumbiu a seus próprios erros, ficando até mesmo fora da vaga direta para a Libertadores e precisando disputar a fase preliminar.
O CAMINHO ATÉ A FINAL
Na pré-Libertadores, o Botafogo enfrentou desafios:
Contra o Aurora (Bolívia): Empate fora de casa e uma goleada convincente no Rio.
Contra o Bragantino (Brasil): Dois jogos difíceis, mas a classificação veio nos detalhes.
Na fase de grupos, o início foi desafiador, com duas derrotas nas duas primeiras rodadas, mas o time se recuperou e avançou como segundo colocado.
Nas fases eliminatórias, o Botafogo mostrou sua força:
Oitavas de final: Vitória épica contra o Palmeiras, em dois jogos emocionantes.
Quartas de final: Superação diante do São Paulo, confirmando sua grandeza.
Semifinais: Passou pelo tradicional Peñarol, deixando claro que estava preparado para a glória.
Final: Mesmo com um jogador a menos desde o início do jogo, mostrou uma força surpreendente para aplicar um placar de 3×1 sobre o Galo. É a redenção de um passado recente e a coroação de um trabalho sólido e histórico.
AS PARTICIPAÇÕES ANTERIORES NA LIBERTADORES
Antes desta campanha, o Botafogo disputou a Libertadores em cinco ocasiões:
1963 – A estreia gloriosa
Com Quarentinha, Amarildo e Zagallo, o Botafogo estreou em alto nível. Classificou-se invicto na fase de grupos (4 vitórias contra Alianza Lima e Millonarios).
Porém, caiu nas semifinais contra o Santos de Pelé e companhia, após empatar o primeiro jogo e perder o segundo por 4×0.
1973 – A força de um gigante
Vice-campeão brasileiro de 1972, o Botafogo voltou à Libertadores e dominou a fase de grupos, superando Palmeiras, Nacional e Peñarol.
No triangular semifinal, não resistiu a Colo-Colo e Cerro Porteño, terminando em terceiro.
1996 – O retorno após 23 anos
Agora como campeão brasileiro, o Botafogo teve uma campanha difícil. No grupo com Corinthians, Universidad de Chile e Universidad Católica, avançou como um dos melhores terceiros colocados (2 vitórias, 1 empate e 3 derrotas).
Nas oitavas, foi eliminado pelo Grêmio, apesar de equilibrar os confrontos.
2014 – Um tropeço inesperado
Classificado como quarto colocado no Brasileiro, passou pela pré-Libertadores ao eliminar o Deportivo Quito (1×0 fora, 4×0 no Rio).
Na fase de grupos, ficou em último lugar, atrás de Unión Española, San Lorenzo e Independiente del Valle.
2017 – A campanha heroica
Sob o comando de Jair Ventura, o Botafogo viveu momentos épicos. Eliminou gigantes como Colo-Colo e Olimpia na pré, e Atlético Nacional e Nacional (Uruguai) no mata-mata. Na fase de grupos passou por Barcelona, Estudiantes e Atlético Nacional com 3 vitórias, 1 empate e duas derrotas.
Parou nas quartas de final contra o Grêmio, mas deixou uma marca de coragem e superação.
2024 – O MAIOR DOS CAPÍTULOS
Agora, em sua sexta participação, o Botafogo conquista a maior glória de sua história. A vitória contra o Galo é um marco para o clube e para seus milhões de torcedores.
Que a estrela solitária brilhe como nunca!