BaVi da Paz: De Campanha pela Paz ao Caos em Campo

Há seis anos, no estádio Manoel Barradas, o Barradão, aconteceu uma das histórias mais marcantes do futebol Brasileiro, conhecida como "Bavi da Paz".

Noite de Copa
Por Noite de Copa 2 Minutos de Leitura

Após 6 jogos com torcida única nos Ba-Vis, houve uma campanha que contou com o apoio dos clubes, imprensa e ficou marcado como o “Ba-Vi da Paz”. O intuito da campanha, como diz o nome, era promover a paz nas arquibancadas para que se mantivesse com torcida das duas equipes nos clássicos posteriores. Deu certo?

No dia 18/02/2018, aconteceu o emblemático clássico. Antes do início da partida, os jogadores do Vitória e do Bahia, abraçados, respeitaram um minuto de silêncio. O Vitória abriu o placar aos 33’ do 1º tempo. Em um bate-rebate, o atacante Denilson abriu o placar. Logo no início do 2º tempo, Uillian Correia pegou com a mão na bola e o árbitro marcou pênalti para o Bahia. Vinícius converteu o pênalti e empatou a partida. Até aí, tudo bem.

Na comemoração do gol, Vinícius se dirigiu em direção à torcida rubro-negra, o meio-campista fez uma dancinha que ficou conhecida como: “joelho, joelho, crew, crew”. A partir daí, inicia toda a história.

O goleiro do Vitória, Fernando Miguel, partiu para cima de Vinícius e o agarrou pela camisa. Todos os jogadores se alvoroçaram e o clima, que a priori era de paz, foi tomado pela guerra. Tornou-se um caos generalizado, mas, sem dúvidas, os dois socos disparados pelo zagueiro Kanu em Vinícius se tornou a cena mais emblemática. Os jogadores Neilton, Denilson e Rhayner, por parte do Vitória, e Edson, Becão e Lucas Fonseca, por parte do Bahia, também se envolveram na confusão. Após a confusão generalizada, a equipe rubro-negra teve três jogadores expulsos, todos titulares, enquanto o Bahia teve quatro expulsos, sendo dois titulares e dois reservas.

Durante o conflito em campo, a torcida do Bahia também começou a brigar entre si.

Parou por aí? NÃO!

Após o reinício, Uillian Correia parou o contra-ataque do Bahia e tomou o segundo amarelo, deixando o Vitória com apenas 7 jogadores em campo, o limite mínimo para que uma equipe possa continuar a competir. A partir daí, inicia uma nova polêmica. Quando Uillian Correia foi expulso e se direcionava para o vestiário, o jogador Bruno Bispo, de maneira evidente, força um segundo amarelo, causando vibração por parte dos demais jogadores do Vitória. A polêmica se deu porque o Bahia, torcedores do Bahia e parte da imprensa acreditaram que a última expulsão, responsável por culminar com o fim da partida precocemente, tenha sido ordem do técnico do Vitória à época, Vagner Mancini. O jogo foi encerrado por W.O e considerado triunfo do Bahia.

E, claro, a briga gerou consequências. Oito jogadores do Vitória, Mancini e o supervisor de futebol, Mário Silva, foram denunciados ao Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia (TJD-BA). Por parte do clube rubro-negro, Kanu foi punido com 10 jogos de suspensão, enquanto Rhayner e Denilson foram punidos com 8 jogos, além dos ganchos, o Vitória foi punido no valor de R$ 100.000,00. Pelo lado tricolor, Edson e Becão também tomaram um gancho de 8 jogos e Vinicius 2 jogos. Lucas Fonseca foi absolvido. Mancini, Bruno Bispo, André Lima foram absolvidos da acusação de terem provocado intencionalmente o fim do jogo aos 34’ do 2º tempo.

Atualmente os Ba-Vis realizados na Bahia só podem ser realizados com torcida única.

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