A história do Gran Parque Central

Templos Imortais

Jeferson Wollace
Por Jeferson Wollace 2 Minutos de Leitura
A história do Gran Parque Central

Propriedade do Nacional, o Gran Parque Central nem de longe tem a pompa de outros templos, mas chegou antes de todos os outros. Em 2020, o mais antigo estádio das Américas comemora 120 anos. Entre os mais antigos do planeta está em 16° – o inglês Sandygate Road, em Sheffield é o primeiro, com 170 anos, segundo o “Guinness Book”. O primeiro jogo no GPC, como é conhecido, aconteceu em 25 de maio de 1900, entre Deutscher Fussball Club e CURCC. Em 1911, tornou-se o alçapão do Nacional, ainda que a aquisição oficial só fosse oficializada em 1937.

Pelo gramado do Gran Parque, passaram algumas das maiores figuras do futebol uruguaio. Darío Pereyra foi um deles: forjado nas categorias de base do Nacional, ele morou no estádio. “Joguei lá durante os meus anos de base. Morava no alojamento, embaixo das arquibancadas”, conta o ex-zagueiro, que nos anos 70 e 80 fez fama no São Paulo.

A história do Gran Parque Central

O PIONEIRO DOS MUNDIAIS

Apesar do Centenário ser o estádio mais famoso do Uruguai, é o Gran Parque que carrega o título de pedra fundamental do Mundial de seleções. Foi lá que aconteceu o primeiro jogo da história do torneio, dia 13 de julho de 1930, uma vitória dos Estados Unidos sobre a Bélgica por 3 a 0. Um dia depois, o Brasil estreou no mesmo campo perdendo por 2 a 1 para a Iugoslávia.

Em 120 anos, o Gran Parque passou por quatro profundas reformas, duas delas forçadas por incêndios, em 1923 e 1941. A mais recente foi concluída em 2018, subindo mais três lances de arquibancadas e elevando a capacidade para pouco mais de 34 mil pessoas.

As últimas mudanças no Gran Parque Central apontam para uma direção clara: ser uma das sedes do Mundial de 2030, que Argentina e Uruguai querem organizar conjuntamente no ano do centenário do torneio. Os organizadores da candidatura querem o GPC abrindo a competição, repetindo assim o que ocorreu há 90 anos.

Até lá, o estádio deve ser submetido a novas intervenções e virar uma arena multiuso. Tudo para atender às normas impostas pela Fifa. “Essa mudança pode ser boa para o Nacional. Podendo receber shows e outros eventos, o clube vai faturar mais. O Gran Parque vai ficar mais moderno, bonito. Não concordo que isso faça o estádio perder a alma. A história segue intacta”, afirma Darío.

A história do Gran Parque Central

ATUALMENTE

Hoje o Parque Central parece ser uma rua Javari duas vezes maior. Comporta uns 26.500 tricolores. Depois da reforma anunciada ano em 2014, a capacidade passaria a ser de 40 mil hinchas. Nas ruas em volta do Parque Central, dá pra ver vários muros pintados com as cores e o escudo do tricolor de Montevidéu.

Formado em História pela Faculdade Anhenguera, sou apaixonado por futebol, São Paulino, torcedor do Real Madrid da Espanha e estudioso do futebol alemão, acompanhando a seleção desde 2006. Também me aventuro no mundo da literatura já tendo escrito dois livros, acredito que todos tenham um dom, o meu é escrever e criar histórias.
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