O Brasil é considerado o país do futebol, e não é apenas pela paixão dos brasileiros pelo esporte. Além de ser o país com mais Copas do Mundo e de ter os melhores jogadores da história, tanto no futebol masculino quanto no feminino (Pelé e Marta), o Brasil possui um dos estádios mais famosos do mundo: o Maracanã.
O Noite de Copa junto com a sua equipe de redatores apresentam mais um episódio de TEMPLOS IMORTAIS, dessa vez vamos falar sobre o mais importante estádio de futebol do Brasil, o Maracanã, quem foi Mario Filho? Numeros, curiosidades, a reforma para a Copa de 2014.
TEMPLOS IMORTAIS | A história do Estádio Maracanã.
QUEM FOI MARIO FILHO?
Mário Leite Rodrigues Filho, mais conhecido como Mário Filho (Recife, 3 de junho de 1908 — Rio de Janeiro, 16 de setembro de 1966), foi um jornalista, cronista esportivo e escritor brasileiro. Era irmão do também jornalista e escritor Nelson Rodrigues. É considerado o maior jornalista esportivo que o Brasil já teve.
A exemplo de outros pernambucanos como o seu irmão Nelson Rodrigues, Bezerra da Silva, Hilário Jovino Ferreira, Pedro Ernesto e Chacrinha, Mário Filho é uma figura emblemática do cenário cultural carioca. O nome oficial do Maracanã, “Estádio Jornalista Mário Filho”, foi dado em reconhecimento pelo seu apoio à construção da arena, e a expressão “Fla-Flu”, que designa o clássico do futebol brasileiro entre Flamengo e Fluminense, é de sua autoria. Além disso, o primeiro desfile competitivo das escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro foi organizado pelo seu jornal Mundo Sportivo.
BIOGRAFIA
Nascido na capital pernambucana, Mário Filho transferiu-se para o Rio de Janeiro ainda durante a infância, em 1916. Iniciou a carreira jornalística ao lado do pai, Mário Rodrigues, então proprietário do jornal A Manhã, em 1926, como repórter esportivo, um ramo do jornalismo ainda inexplorado. Entusiasta do futebol, Mário Filho dedica páginas inteiras à cobertura das partidas dos times cariocas. Em Crítica, segundo jornal de propriedade de seu pai, Mário revolucionou o modo como a imprensa mostrava os jogadores e descrevia as partidas, adotando uma abordagem mais direta e livre de rebuscamentos, inspirado no linguajar dos torcedores. Vem desta época a popularização do “Fla-Flu”, expressão que muitos julgam ter sido criada pelo próprio Mário.
Mário fundou aquele que é considerado o primeiro jornal inteiramente dedicado ao esporte do Brasil, O Mundo Sportivo, de curta existência. No mesmo ano (1931) passa a a trabalhar no jornal O Globo, ao lado de Roberto Marinho, seu companheiro em partidas de sinuca. Leva para o jornal o mesmo estilo inaugurado em Crítica e ajuda a tornar o futebol — então uma atividade da elite — um esporte de massas. Em 1932, O Mundo Sportivo organiza o Concurso de Escolas de samba.
Em 1936 compra de Roberto Marinho o Jornal dos Sports Lá, Mário criou os Jogos da Primavera em 1947, os Jogos Infantis em 1951, o Torneio de Pelada no Aterro do Flamengo e o Torneio Rio-São Paulo, que cresceu e se tornou o atual Campeonato Brasileiro. Os outros esportes, como as regatas e o turfe, também mereciam de Mário uma cobertura apaixonada.
No final dos anos 40, Mário lutou pela imprensa contra o então vereador Carlos Lacerda, que desejava a construção de um estádio municipal em Jacarepaguá, para a realização da Copa do Mundo de 1950. Mário conseguiu convencer a opinião pública carioca de que o melhor lugar para o novo estádio seria no terreno do antigo Derby Club, no bairro do Maracanã, e que o estádio deveria ser o maior do mundo, com capacidade para mais de 150 mil espectadores.
Consagrado como o maior jornalista esportivo de todos os tempos, Mário faleceu de um ataque cardíaco em 1966, aos 58 anos. Meses depois Célia, sua mulher e paixão de toda uma vida — casaram-se quando ele tinha 18 anos —, se matou. Em sua homenagem, o antigo Estádio Municipal do Maracanã ganhou o nome de Estádio Jornalista Mário Filho.
O grande teatrólogo e cronista Nelson Rodrigues, irmão de Mário Filho, homenageou-o com o jargão “o criador de multidões”, pela sua importância na popularização do futebol no Rio de Janeiro e no Brasil.
Contudo, na literatura esportiva, a obra de Mario Filho, além de maior, tornou-se referência nacional. Mario Filho é autor de seis livros com o tema futebol (Copa Rio Branco, 1932; Histórias do Flamengo, 1934;O Negro no Futebol Brasileiro, 1947; Romance do Foot-ball, 1949; Copa do Mundo de 62, 1962 e Viagem em torno de Pelé, 1964). Também escreveu uma biografia do pintor Cândido Portinari, seu amigo de juventude, intitulada Infância de Portinari, publicada postumamente pela Editora Bloch, em 1966.
Seus primeiros livros, entretanto, foram ficções: Bonecas, de 1927 e Senhorita 1950′,’ de 1928, foram depois renegados pelo autor. Sua última incursão pelo romance se deu com O Rosto, publicado em 1965.
OBRAS DE MARIO FILHO
- 1927: Bonecas
- 1928: Senhorita 1950
- 1932: Copa Rio Branco
- 1934: Histórias do Flamengo
- 1947: O Negro no Futebol Brasileiro
- 1949: Romance do Football
- 1962: Copa do Mundo de 62
- 1964: Viagem em Torno de Pelé
- 1965: O Rosto
- 1966: Infância de Portinari
- 1994: Sapo de Arubinha (Crônicas reunidas)
A HISTÓRIA DO ESTÁDIO
Fundado em 1950, o Maracanã já recebeu públicos de mais de 200 mil pessoas e foi palco de grandes partidas de futebol, shows musicais e outros eventos. O estádio mais importante do futebol brasileiro carrega parte da história do Rio de Janeiro e é também um dos principais pontos turísticos da cidade.
A história do Estádio Maracanã pode ser contada a partir de 1938, quando o presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jules Rimet, visitou o Rio de Janeiro e aceitou a candidatura brasileira para sediar a Copa do Mundo de 1950. Como sede do quarto campeonato mundial de futebol, o primeiro depois do fim da II Guerra Mundial, o Brasil necessitava de um grande estádio.
No dia 2 de agosto de 1948, houve o lançamento da pedra fundamental e o início da construção do estádio que viria a ser o maior do mundo. A obra levou quase dois anos para ser concluída e estima-se que o seu custo foi de Cr$ 250 milhões (cruzeiros).
O estádio foi construído em uma região da cidade do Rio de Janeiro conhecida como Tijuca, ao lado do Rio Maracanã. Na época, ainda não existia o bairro Maracanã, que só foi criado em 1981.
Antes de imaginar-se que o terreno receberia a construção de um estádio, o espaço foi sede da prática de outro tipo de esporte: o turfe. O terreno foi adquirido em 1885, pelo Derby Club, para as corridas de cavalo, mas logo a modalidade perdeu forças e o terreno acabou sendo abandonado e virando depósito para carros do Exército.
A CONSTRUÇÃO
A ideia de construir o novo estádio no terreno do antigo Derby Club veio do prefeito do Rio de Janeiro, à época, Mendes de Moraes. A escolha foi contestada pelo então vereador Carlos Lacerda (futuramente deputado federal e governador do antigo estado da Guanabara), que queria a construção em Jacarepaguá.
Na época, o Jornal dos Esportes, comandado pelo jornalista Mário Filho, publicou diversos conteúdos de apoio à construção do estádio na Tijuca. O jornal também realizou uma pesquisa popular, que teve como resultado a preferência pela mesma região.
As obras começaram em 1948. A arquitetura do estádio mostrava uma estrutura oval com a impressionante capacidade para receber cerca de 200 mil pessoas. O estádio tinha 32 metros de altura, e os seus eixos eram de 317 metros e 279 metros.
No dia 16 de junho de 1950, o estádio foi inaugurado carregando a nomenclatura de Estádio Mendes de Moraes ou Estádio Municipal do Derby. A primeira partida ocorreu no dia seguinte entre a Seleção do Rio de Janeiro e a Seleção de São Paulo, sendo o primeiro gol do estádio marcado pelo meio-campista Didi, para os cariocas, mas a equipe de São Paulo virou o jogo, que terminou em 3 a 1 para os visitantes.
O estádio foi inaugurado incompleto, com algumas partes da estrutura inacabadas. Durante as partidas da Copa do Mundo, ainda havia andaimes e pilhas de tijolos, por exemplo, que apresentavam pouca segurança e quase nada de conforto, mas isso não impediu que o evento acontecesse.
A COPA DE 1950
O Brasil era o favorito para levantar a taça de campeão mundial de futebol. Um mês depois da inauguração do maior estádio do mundo, no dia 16 de julho, o Maracanã viveu um dos dias que não seriam mais esquecidos na sua história. A final entre Brasil e Uruguai fez os 199.854 torcedores presentes ficarem em silêncio. O maior público do estádio até hoje calou-se ao ver o Brasil ser derrotado pelos visitantes por 2 a 1. O episódio ficou conhecido como Maracanazo. Em espanhol, o sufixo “azo” é usado para significar algo grandioso.
MUDANÇA DE NOME
Mesmo com a Seleção Brasileira amargando a derrota para o Uruguai na Copa de 1950, o tempo passou, jogos importantes foram sendo realizados no Maracanã e grandes nomes do futebol nacional brilharam nos gramados do estádio, como Garrincha, Pelé, Zico e Romário, mas um nome importante para a história do estádio nunca deixou de ser lembrado: o de Mário Filho.
O jornalista esportivo era considerado um dos mais influentes do país e lutou muito para apoiar a ideia da construção do Maracanã no local onde era o antigo Derby. Ele amava o estádio por reunir todas as classes sociais para a apreciação do futebol. Por isso, depois de sua morte e em sua homenagem, o Maracanã recebeu o nome oficial de Estádio Jornalista Mário Filho.
Mário faleceu em 1966, aos 58 anos, vítima de um ataque cardíaco. Seu irmão, o conhecido cronista Nelson Rodrigues, homenageou-o com o epíteto “o criador de multidões”, pela influência que ele teve na popularização do futebol no país.
A ORIGEM DO NOME MARACANÃ
O estádio é chamado popularmente de Maracanã por ter sido construído ao lado do rio homônimo. Em 1981, o Rio Maracanã também deu nome ao bairro onde está o estádio. No Brasil, é comum entre torcedores “batizar” um estádio com o mesmo nome do bairro ou região em que ele se encontra. Por exemplo, Morumbi e Pacaembu também não são os nomes oficiais dos estádios de São Paulo.
A palavra Maracanã vem do tupi maraka’nã e significa “semelhante a um chocalho”. A região do rio Maracanã era habitada por várias espécies de aves, como o papagaio Maracanã-Guaçu, que fazia um barulho parecido com o de um chocalho. Atualmente, o rio está poluído e os papagaios não são mais vistos na região.
A TRAGÉDIA DO MARACANÃ
Com o passar das décadas, o Maracanã sofreu com o desgaste do tempo, falta de manutenção e até mesmo vandalismo. Na década de 1980, o estádio começou a apresentar rachaduras nas colunas, infiltrações, gramado com problemas de drenagem e outros diversos sinais que o deixavam com aspecto de abandono.
Pequenas obras de manutenção foram realizadas, mas não foram o suficiente para evitar a maior tragédia do Maracanã. No dia 19 de julho de 1992, na final do Campeonato Brasileiro entre Flamengo e Botafogo, uma parte da grade de proteção da arquibancada cedeu, deixando três mortos e 82 feridos.
Cerca de 150 mil pessoas estavam presentes no estádio, e 13 metros da grade foram rompidos. Os torcedores da arquibancada caíram, de uma altura aproximada de oito metros, em cima das cadeiras, que também estavam lotadas.
Após o desastre, o Maracanã ficou fechado por sete meses. O estádio reabriu com novos assentos e alguns refletores para a realização de testes, mas nada que resolvesse os problemas de forma definitiva. Por isso, nos anos seguintes, várias reformas aconteceram nele.
REFORMAS
ELIMINATÓRIAS DA COPA DO MUNDO 1994
Para que tivesse capacidade de sediar o jogo entre Brasil e Uruguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1994, a Fifa exigiu que o estádio passasse por mais uma reforma estrutural. Para atender as exigências, a administração do estádio tomou soluções rápidas a fim de tentar deixá-lo mais seguro para os torcedores.
MUNDIAL DE CLUBES DA FIFA 2000
Longe dos níveis aceitáveis de conservação, o Maracanã precisava passar por uma boa reforma para receber o Campeonato Mundial de Clubes em 2000. Por motivos de segurança e conforto, as obras reduziram a capacidade do estádio, o que o fez não ser mais o maior do mundo.
O estádio ganhou um hall da fama, com marcas registradas dos grandes craques que passaram por seus gramados; novas cabines foram instaladas para a imprensa; as estruturas das rampas e a marquise do estádio foram recuperadas; e houve a criação de camarotes e ampliação do setor das cadeiras, o que diminuiu a capacidade de público do estádio. A reforma deixou-o mais confortável e teve um custo aproximado de R$ 106 milhões.
JOGOS PAN-AMERICANOS RIO 2007
Nesse ano ocorreu a segunda grande reforma pela qual o Maracanã passou e que deixou marcas históricas. Em 2005, as gerais foram demolidas e o estádio recebeu cadeiras numeradas, tornando-se um único setor, com 45 mil assentos.
O gramado também foi rebaixado para que desse mais amplitude à visão dos torcedores. Novas rampas de acesso foram criadas, além de mais vagas no estacionamento. O placar eletrônico com animações também foi retirado. Ele havia sido instalado em 1979 e foi o terceiro do Maracanã. O primeiro, de 1950, era manual, e o segundo, de 1960, era digital. Para o Pan-Americano, foram instalados dois telões.
Além disso, teve a reforma do Ginásio do Maracanãzinho, que faz parte do complexo do estádio e recebeu novo piso, vestiários e banheiros. Estima-se que o custo dessa reforma foi de R$ 304 milhões.
COPA DO MUNDO 2014 (NOVO MARACANÃ)
O Brasil foi oficializado pela Fifa como sede da Copa do Mundo de 2014, no dia 30 de outubro de 2007. Com isso, o principal estádio do país teria que passar por mais uma reforma. Entre as opções, foi cogitado até mesmo a implosão do estádio para a construção de uma nova estrutura, porém decidiu-se pela preservação do patrimônio histórico e por uma grande reforma.
A primeira fase da grande reforma começou em 2009, apenas para avaliar a estrutura e a capacidade de colocar uma cobertura no estádio. Após a Fifa criticar a demora para início das obras, o trabalho começou em março de 2010. Mesmo com as obras, o Maracanã só foi fechado em setembro.
Com as obras sendo realizadas, o estádio foi praticamente desmontado. As cadeiras azuis e os assentos foram retirados, e parte do espaço, assim como das arquibancadas superiores, foi quebrada. O gramado também foi retirado, e as marquises, colunas e rampas já existentes começaram a ser restauradas.
Já com as obras avançadas, em maio de 2011, foi detectado que a marquise estava deteriorada e sua restauração agregaria um custo ainda maior à reforma. Consequentemente, isso atrasaria o tempo de entrega, que estava programado para dezembro de 2012.
Durante o período de obras, outros problemas apareceram: houve greve dos funcionários para o reajuste salarial e, no início de março de 2013, o Rio de Janeiro enfrentou uma forte chuva que causou alagamento do campo e da cobertura, atrasando ainda mais a entrega do estádio.
Aos poucos o Maracanã construiu uma nova imagem, o estádio ganhou mais quatro novas rampas de acesso e a esperada cobertura, com capacidade de proteger todo o espaço da torcida do Sol e da chuva. Os assentos também ficaram mais próximos à lateral do gramado e todos os lugares têm 100% de visibilidade do campo. As cadeiras são retráteis e divididas por cores. Camarotes luxuosos também foram instalados.
Com isso, o velho Maracanã ganhou formato de arena, foi dividido em cinco níveis e nos setores norte, sul, leste e oeste, para facilitar a localização do torcedor. Também foram reservadas áreas para pessoas portadoras de necessidades especiais e foi instalado um piso tátil para deficientes visuais. O estádio ficou mais moderno, mais confortável e, finalmente, mais seguro para o torcedor.
O novo Maracanã foi reinaugurado, no dia 27 de abril de 2013, com a capacidade para cerca de 78 mil torcedores e um custo de reforma, aproximadamente, R$ 1,05 bilhão.
Reformulado para recepcionar a Copa do Mundo de 2014, o Maracanã recebeu sete jogos do mundial e tornou-se o segundo estádio do mundo a realizar duas finais de Copa (1950 e 2014). O primeiro foi o Estádio Azteca, no México.
A final de 2014 foi realizada entre as seleções da Alemanha e da Argentina, e os alemães venceram por 1 a 0. Para os brasileiros, a Copa de 2014 ficou marcada pela derrota, por 7×1, para a Alemanha nas semifinais, em jogo disputado em outro tradicional estádio brasileiro, o Mineirão, em Belo Horizonte. O vexame de 2014 é comparado ao Maracanazo.
COMPLEXO DO MARACANÃ
O complexo do Maracaná é formado, além do estádio, pelo Ginásio do Maracanãzinho, que recebe campeonatos de basquete, vôlei etc., pelo Parque Aquático Júlio Delamare e pelo Estádio de Atletismo Célio de Barros.
PALCO DE SHOWS
Além das expressivas partidas de futebol que o Maracanã recebeu durante toda sua história, o estádio também tornou-se palco para shows de artistas reconhecidos mundialmente e até mesmo para cerimônias religiosas.
Tina Turner, Frank Sinatra, Madonna, Backstreet Boys, The Police, Rolling Stones, Kiss, entre outros artistas, fizeram história no Maracanã com públicos de mais de 100 mil pessoas. Entre as grandes apresentações internacionais, em 1990, Paul McCartney entrou para o Guinness Book (livro dos recordes) pela maior plateia em apresentação solo, reunindo mais de 180 mil pessoas no estádio.
Um dos maiores festivais de música do mundo também fez história no Maracanã. O Rock in Rio, em sua segunda edição, no ano de 1991, levou cerca de 700 mil pessoas ao estádio para curtir os nove dias de festival.
O papa João Paulo II também chegou a reunir mais de 100 mil pessoas no Maracanã, em suas passagens pelo Brasil em 1980 e 1997, para a realização de missas campais.
PRINCIPAIS JOGOS NA HISTÓRIA
Muitos jogos marcantes para o futebol brasileiro foram realizados no Maracanã. Além das Copas de 1950 e 2014, o estádio mais famoso do Brasil sediou a final do futebol nos Jogos Olímpicos de 2016, em que a Seleção Brasileira foi campeã vencendo a Alemanha nos pênaltis. Em 2019, o Brasil também garantiu o título da Copa América vencendo o Peru, por 3 a 1, no mesmo local.
Em 1971, o Atlético-MG venceu o Botafogo, por 1 a 0, no Campeonato Brasileiro, e levou o título da primeira edição do principal torneio nacional jogando no Maracanã. O primeiro título de um carioca no Campeonato Brasileiro também veio no mesmo estádio, em 1974, com vitória do Vasco em cima do Cruzeiro, por 2 a 1.
Em 1976, a torcida do Corinthians compareceu em peso ao jogo contra o Fluminense que valia vaga na final do Campeonato Brasileiro. O episódio ficou conhecido como a “invasão corintiana”. O jogo terminou em 1 a 1, e o Corinthians venceu nos pênaltis.
Uma das finais mais inusitadas do Campeonato Brasileiro também foi realizada no Maracanã, em 1985. A equipe do Bangu decidiu o torneio com o Coritiba nesse estádio. Os paranaenses venceram nos pênaltis.
Em 2009, quatro equipes tinham a chance de levar o título do Brasileirão no torneio de pontos corridos. Em partida emocionante, o Flamengo, de virada, venceu o Grêmio, por 2 a 1, no Maracanã lotado e foi campeão.
TURISMO NO MARACANÃ
O Rio de Janeiro é a principal cidade turística do Brasil, e o Estádio Maracanã está entre as suas atrações mais visitadas. Quem deseja conhecer de pertinho o principal estádio do país pode fazer um tour, conhecer o gramado, os vestiários, a sala de imprensa, o banco de reservas etc., e conferir objetos marcantes da história do local que ficam em exposição. Os ingressos para o tour geralmente podem ser adquiridos na internet de forma antecipada e custam de R$ 27,50 a R$ 65.
Em 2021 o então casal de influencers Bianca Andrade e o Fred Desimpedidos fizeram o chá revalação do primeiro filho do casal, Cris, no estádio do Maracanã, isso acabou virando um produto do estádio. Casais fazem chá revelação no Maracanã até hoje.
CURIOSIDADES SOBRE O MARACANÃ
- Primeiro gol: foi marcado por Didi, no dia 17 de junho de 1950, em uma partida entre as seleções de São Paulo e Rio de Janeiro.
- Maior artilheiro: Zico, ídolo do Flamengo, marcou 333 gols, em 435 jogos, no Maracanã e é o maior artilheiro do estádio.
- Gol Mil: em 1969, Pelé marcou seu milésimo gol, em uma partida contra o Vasco, por uma cobrança de pênalti.
- Maior público em jogo: 199.854 torcedores assistiram à final da Copa do Mundo de 1950 entre Brasil e Uruguai.
- Duas finais de Copa: em 1950 e 2014. O Maracanã foi o segundo estádio do mundo a sediar duas finais de Copa do Mundo.
Recentemente o Maracanã passou por um momento muito complicado, o estádio ficou abandonado após briga dos clubes cariocas pela posse do estádio. Foi dificil ver um estádio tão importante tão mal tratado.
Mas hoje, o Maracanã está sendo conservado, continua recebendo grandes públicos e sendo um dos mais belos cartões postais do Brasil.
📝 Texto escrito e produzido por @jfsnwllc