Já era quase 1 da manhã quando decido me deitar pra dormir, mas infelizmente abri o celular para dar uma última olhada. Deparei-me com a trágica notícia.
Akira Toriyama nunca foi só Dragon Ball. O autor que acaba de ser eternizado nas páginas do livro da história da humanidade, teve participação direta na criação de inúmeras obras legendárias que marcaram o mundo. De Dr. Slump com a Jovem Arale aos jogos atemporais Dragon Quest e Chrono Trigger, a genialidade do “Sensei” inspirou inúmeros outros grandes gênios a criarem verdadeiros pergaminhos da história da arte, tal como One Piece e Naruto. Mas por que Dragon Ball? Por que um personagem de quadrinhos como Goku é tão grande a ponto de ganhar um feriado nacional?
Não existe uma só pessoa neste planeta que nunca tenha ouvido falar na lenda do Super Saiyajin. Não existe uma criança que nunca tenha feito um Kamehameha, um teletransporte ou gritado pra elevar seu ki. Dragon Ball foi revolução, revolução para a história da arte e da cultura pop de forma geral. Sua escrita, suas frases, suas cenas, suas lutas, sua estética única e original. Existe um antes e depois, não só para o mundo, mas para a minha vida.
Como qualquer criança da geração Z, eu cresci vendo Dragon Ball. Em meio a ausência de figuras masculinas na minha vida, Goku foi o meu herói. Não há um dia sequer que eu não consuma Dragon Ball desde que eu era um bebê. Hoje mesmo estava jogando o Budokai Tenkaichi 3, como nas tardes da minha saudosa infância com meus amigos que já não estão mais aqui. For por Dragon Ball que eu aprendi e tive o sonho de ser desenhista. Foi por Dragon Ball que eu comecei a treinar, sempre sonhei em ser forte como meu herói, Goku. Desde criança eu brincava sobre colocar o nome do meu filho como Gohan.
Hoje, em lágrimas, sinto como se parte da minha alma tivesse ido embora, como se eu tivesse perdido o ki que habitava em meu coração. Quem dera e pudera eu, reviver o mestre Akira usando as 7 esferas do Dragão.
📰 Noite de Copa | Dep. de Redação | Vitor Bahia | @BrazilBallers